Tradução/ Translation

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Nosso Repouso - C. H. Spurgeon


Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.
Hebreus 4.9

O estado do crente no céu será muitíssimo diferente do seu estado neste mundo. Aqui, ele nasce para trabalhar arduamente e sofrer fadiga. Na terra da imortalidade, a fadiga é desconhecida. Desejando muito servir o seu Senhor, o crente percebe que suas forças não correspondem ao seu zelo.

Seu clamor constante é: "Ajuda-me a servir-te, ó meu Deus". Se o crente se mostrar ativo, ele terá muito trabalho a realizar, não muito para a sua vontade, porém mais do que o bastante para suas energias. Por isso, ele clamará: "Não estou cansado do trabalho, e sim no trabalho".

Crente, o árduo dia de fadiga não durará para sempre. O sol está se aproximando do horizonte. Ele despontará novamente, em um dia mais resplandecente do que nunca, em uma terra onde os crentes servem a Deus, dia e noite, e, apesar disso, descansam de suas obras. Aqui o descanso é apenas parcial; lá, é perfeito. Aqui o crente sempre está inquieto; Ele sente que ainda não descansou. Lá tudo encontra-se em paz; já chegaram ao cume do monte.

Ascenderam ao seio de seu Deus. Não há lugar mais alto para onde subir. O crente que trabalha a ponto de fatigar-se, pense tão-somente naquele tempo quando você descansará para sempre! Você pode imaginá-lo? É um descanso eterno. Aqui, minhas maiores alegrias trazem diante de si a perspectiva da morte, minhas formosas flores murcham, meu delicioso cálice é lançado aos detritos, os mais doces pássaros caem devido às flechas da Morte, os mais agradáveis dias passam a ser noites, e as ondas da minha felicidade precipitam-se na maré baixa da mágoa. Entretanto, lá, tudo é imortal.

A harpa não se desgasta, a coroa permanece imarcescível, os olhos não se obscurecem, a voz não falha, o coração não hesita, e os seres imortais estão completamente envolvidos em deleite eterno. Será um dia felicíssimo aquele em que a mortalidade for absorvida pela vida (ver 2 Coríntios 5.4), e o descanso eterno começará!

Viver é Cristo, morrer é lucro!

Quanto mais eu penso sobre a eternidade e no versículo bíblico que diz: Onde está o seu tesouro, ali também estará o seu coração (Mt 6:21), chego a conclusão de não vale a pena viver se não for para Deus e para os outros. De que adiantaria ganharmos o mundo inteiro, conquistar todos os bens possíveis e perder a nossa alma?

Quando começo a pensar na "eternidade", começo a me preocupar em ter frutos eternos. Quando penso na "eternidade" um fogo me incomoda e me faz querer dividir isso com as pessoas, pois daqui a 100 anos não importará se tivemos bons carros, boas casas, muito dinheiro, tudo isso não paga a entrada do excelente lugar na eternidade.

Por falar em excelente lugar, é importantíssimo lembrar que existem dois lugares onde as pessoas passarão a eternidade, a bíblia nos fala sobre esses dois lugares, lugares reais, lugares esses onde as pessoas terão morte ou vida eterna. Sim viver eternamente, porque somos eternos! Isso soa como loucura, mas é a mais pura realidade. Após a morte o que você que virá? O fim de tudo? A vida acaba com a morte? Bom, isso dependo do conhecimento de vida que temos. Existem alguns tipos de pessoas que quero destacar:

1) Existem pessoas que acham que devem fazer tudo o que lhes proporciona prazer, alegria, satisfação, porque a vida é curta, então o melhor é aproveitar.

2) Existem pessoas que até possuem consciência sobre a vida eterna, mas acham que essa vida eterna será de paz e alegria pra todo mundo, independente das ações no presente.

3) Existem pessoas que como eu acreditam que o tempo que passaremos na eternidade é muito mais longo e muito mais importante do que esse tempo presente, por isso vivem plantando sementes eternas, ajuntando tesouros no céu, porque não irão se perder e nem as traças podem comer. Pessoas que entendem que "A morte não é o fim, mas o princípio da eternidade que você pode escolher hoje com seu livre arbítrio", pessoas que sabe que o céu é tomado a força, não é para quem não faz por merecer.

A dificuldade que as pessoas tem em aceitar coisas como essas é porque parecem loucura. Mas a bíblia mesmo nos diz: "De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é poder de Deus" (I Cotíntios 1:18). Também o outro problema é que as pessoas só se preocupam com vida biológica (carnal), só se preocupam em se alimentar, em sexo, etc, enquanto deixam o espírito e a alma padecendo, mas o corpo o nós mais cuidamos irá pra de baixo da terra, como disse o sábio Salomão: "O pó retornará ao pó e o espírito a Deus que o deu". Então porque estamos tão preocupados em cuidar tanto das coisas que não teremos na eternidade?

É claro que não estou dizendo que todo mundo deve andar relaxado, sem tomar banho. se alimentar, enquanto nessa vida nosso corpo é morada de Deus, então devemos mesmo cuidar. Mas não nos esquecendo de alimentar o espírito, andar em espírito, plantar frutos em espírito. Porque os frutos da carne são: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade (amor), gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.” Gl 5.19-23.


As 4 Leis Espirituais



Assim como há leis físicas que governam o universo, há também leis espirituais que governam nosso relacionamento com Deus.

PRIMEIRA LEI

Deus ama você e tem um plano maravilhoso para sua vida.

O AMOR DE DEUS
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).


O PLANO DE DEUS
Cristo afirma: "...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" [Uma vida completa e com propósito] (João 10.10).


Por que a maioria das pessoas não está experimentando essa "vida em abundância"?
Porque...

SEGUNDA LEI

O homem é pecador e está separado de Deus; por isso não pode conhecer nem experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida.

O HOMEM É PECADOR
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23).
O homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por causa de sua desobediência e rebeldia, escolheu seguir seu próprio caminho e seu relacionamento com Deus se desfez. Esse estado de independência de Deus, caracterizado por uma atitude de rebelião ou indiferença, é evidência do que a Bíblia chama de pecado.

O HOMEM ESTÁ SEPARADO
"Porque o salário do pecado é a morte..." [separação espiritual de Deus] (Romanos 6.23).
Deus é santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está continuamente procurando alcançar a Deus e a vida abundante, através de seus próprios esforços: vida reta, boas obras, religião, filosofias, etc...

A Terceira Lei nos mostra a única resposta para o problema dessa separação...


TERCEIRA LEI

Jesus Cristo é a única solução de Deus para o homem pecador. Por meio dele você pode conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida.

ELE MORREU EM NOSSO LUGAR
"Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5.8).


ELE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS
"...Cristo morreu pelos nossos pecados... foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos.." (1 Coríntios 15.3-6).

ELE É O ÚNICO CAMINHO
"Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim" (João 14.6).
Deus tomou a iniciativa de ligar o abismo que nos separa dele ao enviar seu Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar, pagando o preço de nossos pecados.

Mas não é suficiente conhecer essas três leis...

QUARTA LEI

Precisamos receber a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, por meio de um convite pessoal. Só então podere- mos conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para nossa vida.

PRECISAMOS RECEBER A CRISTO
"Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus" (João 1.12).

RECEBEMOS A CRISTO PELA FÉ
"Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9).

RECEBEMOS A CRISTO POR MEIO DE UM CONVITE PESSOAL
Cristo afirma: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei..." (Apocalipse 3.20).

Receber a Cristo implica arrependimento, significa deixar de confiar em nossa capacidade para nos salvar, crendo que Cristo é o único que pode perdoar nossos pecados. Apenas saber que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que morreu na cruz pelos nossos pecados, não é suficiente. É necessário receber a Cristo pela fé, por meio de uma decisão pessoal.

Há dois círculos representando dois tipos de vida:
  • A vida controlada pelo "EU". O "EU" no centro da vida. Cristo fora da vida. Interesses controlados pelo "EU", geralmente, causando discórdias e frustrações.
  • A vida controlada por Cristo. CRISTO no centro da vida. O"EU" fora do centro. Interesses controlados por Cristo, resultando em harmonia com o plano de Deus.
Qual dos dois círculos representa melhor sua vida?
Qual deles você gostaria que representasse sua vida?
Gostaria de explicar como você pode receber a Cristo.

VOCÊ PODE RECEBER A CRISTO AGORA MESMO EM ORAÇÃO
(Orar é falar com Deus)

Deus conhece seu coração e está mais interessado na atitude de seu coração do que em suas palavras. A oração seguinte serve como exemplo:

"Jesus, eu preciso do Senhor. Abro a porta da minha vida e O recebo como meu Salvador e Senhor. Obrigado por ter morrido na cruz para perdoar meus pecados, por me dar a vida eterna, e por me aceitar como eu sou. Toma conta da minha vida e faça de mim a pessoa que deseja que eu seja. Amém".
Você gostaria de receber Cristo agora?
Se for assim, faça essa oração e Cristo entrará em sua vida, como prometeu.

Fonte: http://cepc.org.br/4leis.html

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Senhor falou comigo!

"Se vocês nunca perdem horas de sono, nunca têm olhos lacrimejastes pelos perdidos, se seus corações não crescem como se fossem explodir, não tenham medo de que vão ser chamados de zelosos. Vocês desconhecem o começo o zelo verdadeiro, pois o fundamento do zelo cristão se acha no coração, com a tristeza, enquanto batendo forte com santo ardor. O coração deve se aquecer para falar sobre Jesus, poderoso para salvar. E o melhor de todos os argumentos se encontra nas feridas de Jesus. Você quer honrá-lo, você deseja pôr muitas coroas sobre a cabeça dele, e isso você faz melhor ganhando almas para ele. Estes são os espólios que ele cobiça, são os troféus pelos quais ele luta. Estas são as jóias que serão seu melhor adorno."
Charles Haddon Spurgeon



Terça-Feira fui ao Cecap para realizar uma prova, durante a ida estava muito preocupado com o que enfrentaria em breve, o que não me possibilita pensar mais em nada.

Cheguei ao local, realizei minha prova, penso ter ido muito bem!

Na volta, aproveitei a oportunidade para fazer uma rápida entrega de folhetos, o meu preferido com o título "Você e a eternidade". Pelo caminho que passava entregava os folhetos, gostaria de ter feito mais, porém pensei que como não era uma ocasião especifica não faria, esse é o nosso grande erro as vezes, pensar que temos que ter uma hora marcada, ou quando Deus preparar. Pessoas morrem o tempo todo ao redor do mundo, como sabemos que veremos aquele alguém novamente, ou como saberemos se as pessoas terão outra oportunidade de ouvir sobre Jesus. Em um instante estamos respirando, em outro podemos estar a um passo da eternidade! Por isso preguemos em tempo e em fora de tempo!

Então chegando próximo ao terminal de ônibus, no farol encontrei algumas crianças que faziam malabarismos com aquelas varetas, enfim. Parei por um instante fui entregar uns folhetos para eles e para uma senhora cadeirante, deficiente física que aparentava ser mãe de um deles. Falei por alguns segundos, entreguei o folheto, dei um trocadinho e fui pro ponto. Um dos meninos veio atrás de mim e me pediu um refrigerante então percebi a oportunidade que conversar com ele e comunicar o evangelho.

Quando terminei de falar com aquele garoto, fui pro ponto e comecei a chorar e pensar no quanto somos negligentes com a palavra do Senhor. Comunica o evangelho deve ser o nosso dia-a-dia, parte do que somos, falar sobre a eternidade deveria ser o assunto mais importante dos diálogos.

E com lágrimas nos olhos comecei a pensar sobre o que Spurgeon disse...

Nós podemos fazer mais do que apenas ver as pessoas partindo para a eternidade sem nem saberem o que encontrarão lá!



A GLÓRIA DE DEUS COMO BASE DE MISSÕES

Introdução

A glória de Deus ocupa um lugar chave na Bíblia, desde o Gênesis até o Apocalipse. Essa glória se revela nas ações de Deus, na sua criação e manutenção do universo criado, mas especialmente nos seus atos salvadores e na sua auto-revelação expressa através dos profetas, e mais perfeitamente através de Jesus Cristo.
O pecado afastou o homem da glória de Deus, e a sua mente obscurecida já não a reconhece claramente, nem mesmo nas suas obras criadas. O homem, criado para gozar da vida abundante e da comunhão íntima com Deus, conhece agora as trevas, a morte, o temor, a carência da glória de Deus. E em vez de atribuir a Deus a glória que lhe é devida, prefere glorificar a própria criatura, seja a si, ou a outros seres ou objetos criados.
Veremos então que a glória de Deus é um conceito profundamente missionário. Através da obra missionária Deus está restaurando a humanidade para que novamente viva em harmonia com o objetivo para o qual foi criada.

O Significado dos Termos

A base do conceito de kâbhôd no Antigo Testamento é o de glória ou honra. Esse vem traduzido como doxa na LXX. Significa a manifestação luminosa da presença de Deus, sua auto-revelação gloriosa.(1) A noção de glória no Antigo Testamento é de peso, ou substância visível.(2) Nesse sentido implica-se uma realidade substancial em contraste com os ídolos descritos como coisas vãs. No grego a palavra doxa na literatura clássica tinha um significado subjetivo, "o que eu penso sobre um assunto, ou o que pensam sobre mim", e um objetivo "fama, honra". Quando foi usado para traduzir kâbhôd, que significava "honra, status, eminência, importância", passou a ter um conceito unicamente objetivo de "glória, esplendor, majestade, grandeza".(3)Percebemos assim que se procuram os termos que designam um máximo de grandeza, honra e dignidade, os que se separam mais e mais do uso comum, para consagrarem-se à descrição de glória de Deus, conceito sempre superior à possibilidade da definição humana.

A Glória Como Revelação de Deus

1. A Revelação do Caráter de Deus
No Antigo Testamento a expressão a "glória e o poder de Deus" (Sl 24.7-10; 29.3) é usada especialmente para a manifestação de uma pessoa, enfatizando a impressão causada sobre outros.(4)Os céus proclamam a glória de Deus (Sl 19.1). A soberana majestade de Deus está sempre presente na mensagem de Isaías, como em Isaías 40: "a quem, pois me comparareis?"(5) Significa a revelação dos atributos e do ser deYahweh.(6)

2. A Revelação da Presença de Deus
A coluna de nuvem e de fogo manifestavam especialmente a glória e o poder Divino,(7) presentes com o seu povo (Ex 16.10; 40.35; 13.21; 14.9). Eram a expressão da presença de Deus no Santuário, de maneira especial (Ex 40.34-35; 1 Rs 8.10-11).(8)Acompanhava sua presença no Monte Sinai (Ex 24.16), especialmente no lugar de adoração.(9) O fato mais importante da experiência da nova nação de Israel é que Deus veio habitar no meio dela (Ex 29.43-46). Uma promessa repetida freqüentemente é que "Habitarei no meio deles. Serei o seu Deus. Serão o meu povo". Havia um novo sentimento da proximidade e da presença ativa de Deus. Em Êxodo 33, Moisés pediu a Deus que lhe mostrasse sua glória (v. 18) para ter certeza de que sua presença iria de fato com eles (v. 14-15). A realidade da presença de Deus foi verificada por Moisés quando via os efeitos posteriores do brilho da presença de Deus (v. 21-23).(10)
Sendo a glória a revelação do caráter de Deus, e sua impressão causada sobre os homens, vemos que está diretamente ligada com o objetivo de missões, que é o de revelar claramente esse Deus que os povos buscam, tateando (At 17.27), mas nunca conhecerão plenamente porque o pecado obscureceu os seus olhos, a não ser que esse brilho os ilumine. Como revelação da presença de Deus, acessível ao homem, para viver em comunhão com este, para protegê-lo e guiá-lo, é vinculado ainda mais diretamente com o objetivo das missões.

3. A Revelação Mais Plena em Jesus Cristo
Em Mateus e Marcos a glória é vista como propriedade de Jesus como ser celestial, e relacionada com o aparecimento escatológico no juízo final (Mt 19.28; 24.30; 25.31; Mc 8.38). Em Lucas manifesta-se também por ocasião do seu nascimento (2.9) e na transfiguração (9.28-32). Também nas epístolas de Paulo e Pedro indica-se o caráter celestial da sua glória. Sua é a glória e o domínio para sempre (1Pe 4.11), e foi recebido em glória (1Tm 3.16). É Senhor da glória (1Co 2.8), Deus o ressuscitou dos mortos e deu-lhe glória (1Pe 1.21). Ele voltará em glória (Tt 2.13; 1Pe 4.13). João também atribui glória a sua vida terrena (1.14; 2.11). A doença de Lázaro glorificou a Deus e ao Filho de Deus. O objetivo de João é mostrar e testemunhar que Jesus é o Filho de Deus. A glória manifesta no Jesus humano é de qualquer forma uma glória celestial.(11) Principalmente em Hebreus 1.1-3 fica claro que em Jesus a glória de Deus se manifesta mais plena e definitivamente aos homens. Jesus é considerado o resplendor da glória de Deus, seu máximo brilho e beleza (ver Cl 2.9).
Se no Antigo Testamento a glória de Deus se manifestava para revelar seu caráter, seu amor, e sua presença aos homens, muito mais esses objetivos se cumprem em Jesus Cristo. E é nele que agora a glória de Deus está ao alcance de todos os povos, visto que nele o véu que nos separava da presença de Deus já foi removido (Hb 10.19-22). Após sua morte a salvação é oferecida sem distinção a todos os povos (Ef 2.11 -22).


A Revelação na História da Salvação

A glória de Deus expressa-se especialmente na história da salvação, nos grandes atos de Deus (Ex 14.17ss.; Sl 96.3). Também em João a glória significa a revelação de Deus, ou a sua intervenção na história.(12) Na história do Antigo Testamento a glória de Deus se manifesta através de sua atividade a favor de seu povo.(13)
A glória de Deus se manifesta em Cristo e em sua obra salvadora (Mt 17.2-5; Jo 1.14; 2.11; 2Co 4.4). A presença dessa glória de Deus em Cristo significa a presença da salvação (2Co 4.4, 6)(14). Os hinos do Apocalipse também confirmam essa manifestação da glória na obra de Jesus, que resulta em um imenso coro de glória a Deus e ao Cordeiro (Ap 5.9-13; 7.10, 12.10-11).
João é quem mais enfatiza a manifestação da glória de Deus na obra salvadora de Jesus (Jo 1.14; 12.23-28; 17.3-5), mostrando como foi justamente através da sua humilhação, cheia de dignidade e de amor verdadeiro, com o grande objetivo de completar a obra da salvação, que Jesus manifesta de maneira única a glória de Deus.
Assim, há sempre uma ligação direta entre a glória de Deus e a sua graça, manifesta em atos salvadores, a favor do homem que nada merece senão o seu juízo. E é por isso que essa glória se relaciona diretamente com a obra de missões, que visa embarcar todos os povos nos efeitos salvadores dessa maravilhosa e gloriosa obra de Deus.



O Homem Criado para Participar da Glória de Deus e para
Celebrá-la

1. O Homem Criado para Glorificar a Deus
O principal dever do homem é o de glorificar a Deus em adoração, palavra e ato (1Co 6.20; 10.31).(15) Glorificar a Deus é dever do homem, que o realiza através das boas obras (Mt 5.26), na produção de frutos (Jo 15.8), quando confessa a Cristo (Fp 2.11) e quando sofre por Cristo (1Pe 4.14, 16). Os ímpios têm aversão a isso (Rm 1.21; 3.23) e por isso merecem o castigo de Deus (At 12.23; Dn 5.23, 30).(16) Em Ezequiel vemos como a glória de Deus retirou-se do templo pelas abominações praticadas ali, em vez de cumprirem seu dever de glorificar a Deus (Ez 10.18).(17)Em Isaías o povo provoca a desonra da glória de Deus (3.8; 59.19). Os homens são convocados a glorificarem a Deus. Os pastores o fizeram, por ocasião do nascimento de Jesus (Lc 2.20). Por causa do pecado o homem não consegue refletir a glória de Deus, como deveria fazer. Por meio da justificação, mais uma vez pode compartilhar da glória de Deus (Rm 5.2). Há uma interação entre a glória de Deus e a glória compartilhada com os cristãos (2Co 3.18). Tudo o que o homem faz deve fazê-lo para a glória de Deus (Rm 15.7; 2Co 4.15; Fp 1.11; 2.11). A destruição eterna é a exclusão da presença e da glória do Seu poder (2Ts 1.9). Obscurecer a glória de Deus é o pior acontecimento da experiência humana. O objetivo principal da vida humana é o de glorificar a Deus (1Pe 2.12; 4.11). No Novo Testamento há suficiente ar de mistério para lembrar o homem de sua compreensão limitada de Deus, mas também se mostram meios pelos quais alguns aspectos desse mistério tornam-se perceptíveis. Pela revelação do Espírito o homem recebe suficiente compreensão dos propósitos salvadores de Deus e um conhecimento verdadeiro, mas limitado da realidade divina.(18)
Aqui vemos como toda a Bíblia enfatiza que o homem só cumpre o verdadeiro propósito de sua criação quando glorifica a Deus, e que só é verdadeiramente realizado e feliz quando compartilha dessa glória. Infelizmente o pecado afastou o homem dessa vida plena, cheia de gozo e brilho, e a perversão do pecado mostra-se no fato do homem sentir aversão a esse seu dever, e não perceber essa carência. E por isso que a glória de Deus, que é também a luz que penetra as trevas, deve ser transmitida pela palavra da pregação do Evangelho (2Co 4.3-6), para trazer o homem de volta ao seu direito perdido de compartilhar de tal glória, e de atribuí-la a Deus. Se não obedecermos ao chamado missionário, continuarão nas trevas e na frustração; se obedecermos, a glória os alcançará, e o nome de Deus será glorificado por eles.

2. Os Crentes Compartilham da Glória de Deus
Os crentes compartilham dessa glória hoje (Jo 17.22; 2Co 3.18) e o farão na eternidade (Rm 8.17; 2Co 4.17; Pe 3.21). A esperança cristã é a esperança da glória (Cl 1.27; Ef 1.18).(19) Em João 17.22 Jesus fala dessa glória como recebida e transmitida para os seus. Que tipo de glória é essa que produz uma unidade por meio da qual os homens são levados a reconhecer que Cristo é o Enviado do Pai? É um conceito bastante escatológico. É o poder do Espírito operando nos apóstolos; são os dons espirituais manifestos no corpo de Cristo; é o poder de amor e do auto-sacrifício liberado pela pregação do Evangelho. A glória do ministério do Evangelho está especialmente nas operações do Espírito. Uma glória que transforma o crente de acordo com a imagem de Cristo, de uma glória que já existe a uma glória que será revelada, efetuada pelo Espírito Santo (2Co 3.18).(20) Há uma relação especial entre o crente que sofre por causa do nome de Cristo e a glória. Sobre estas repousa o Espírito da glória e do Senhor (1Pe 4.14; 2Co 4.17). O sofrimento no presente fica insignificante quando comparado com a glória prometida.
Para entender essa glória devemos nos lembrar do exemplo de Jesus que na sua atitude constantemente digna, perdoadora, justa e amorosa em todo o sofrimento, rejeição e desprezo manifestou a glória de Deus. A glória que os crentes compartilham é essa glória, e não a fama e o brilho do mundo. Mas é quando os crentes entregam sua vida por amor de Jesus e do Evangelho que descobrem, recebem e experimentam a verdadeira vida plena (Mc 8.34-35). Essa dimensão da vida nenhum homem pode descobrir ou alcançar por sua própria inteligência e esforço (1Co 1.18-29); é por isso que precisamos pregar o Evangelho.


Missão e a Glória de Deus

1. A Dimensão Escatológica da Glória de Deus
No Novo Testamento a glória de Deus significa a realidade divina escatológica da existência. A salvação está em que o homem e a natureza tenham parte nessa forma de existir, com o seu objetivo de transformar o homem e o mundo criado (Mt 24.30; Fp 3.20-21; Cl 3.4; Rm 8.20-23). Também no Antigo Testamento esperava-se para os últimos dias uma manifestação plena da glória de Deus (Is 60.1-2).(21) Essa glória será universal (Sl 86.9; Ap 5.13).(22) No glorioso fim dos tempos Jerusalém será colocada em posição privilegiada como centro das nações, para que recebam instrução do Senhor (Is 2.2-4). O Senhor da glória descerá triunfalmente no Dia Final para completar o seu plano de salvação e para triunfar definitivamente (Dn 7.13; Zc 14.4-5). O mensageiro que preparará o caminho do Senhor será o próprio Messias (Ml 3.1-2).(23)
Em Mateus e Marcos a glória de Cristo está relacionada com a sua vinda escatológica, no juízo final (Mt 19.24; 24.30; 25.31; Mc 13.26). Relaciona-se também com a glória do Pai, na qual virá para julgar (Mt 16.27; Mc 8.38). Lucas fala também da glória escatológica da Segunda Vinda (9.26; 21.27). João fala da glória que Jesus tinha antes da fundação do mundo (17.5) e manifestou ao mundo. E fala de uma glória que ainda estava para receber (7.39; 12.33; 17.5), que já considerava como sua e como pertencente à Igreja (17.22). Essa glória que Cristo recebeu do Pai, e que efetua a unidade da Igreja, e por meio da qual as pessoas são levadas a reconhecê-lo como aquele que o Pai enviou, é um conceito altamente escatológico (17.22).
Paulo fala de uma conexão íntima entre a glória, o Espírito, a ressurreição dos crentes e a de Cristo. A glória do estado ressurreto é colocada no mesmo nível que o Espírito e o poder (1Co 15.41s; Rm 8.11; 1.4). João também relaciona a glória, o Espírito e a ressurreição de Cristo (Jo 7.38-39); na ressurreição o Espírito foi dado a Jesus e ele o deu à Igreja como rios de água viva.(24)
Vemos assim que a glória relaciona-se à restauração de todas as coisas pela obra consumada por Cristo e aplicada na vida dos homens por meio do Espírito. Assim, mais uma vez nota-se que missão é o meio pelo qual essa glória se estende a todos os povos, que assim participarão daquela glória e renderão a Deus a glória que lhe é devida. Ou seja, missão é o meio da graça; os que a recusarem serão obrigados a glorificar a Deus por meio do Juízo Final.

2. A Glória de Deus como Grande Objetivo Missionário
A glória de Deus é o objeto da esperança religiosa, o conteúdo da revelação universal vindoura. Isaías é o profeta da glória que virá. Esta glória está no contexto da disseminação universal da graça de Deus. Para Isaías a salvação futura das nações e a honra de Israel são aspectos indispensáveis da glória de Deus. O Filho do Homem glorificado (12.23) transmite a vida no Espírito a todas as nações. Está a raiar o dia em que o Espírito será enviado para colher a Igreja universal através dos embaixadores proclamadores do Evangelho. Em 2 Coríntios 3, Paulo fala do ministério da Antiga e da Nova Aliança, contrastando com sua glória. Paulo mostra a superioridade do Novo Testamento em relação ao Velho Testamento e a conexão íntima entre glória, Espírito e a Igreja proclamadora. A glória de Deus era uma revelação do ser divino, e isto se aplica de maneira mais ampla ao ministério do Espírito. Em que consiste essa glória? Não numa luz radiante e visível, mas na glória imaterial do Evangelho. A ousadia da proclamação dos embaixadores de Cristo em contraste com a glória que Moisés escondia dos filhos de Israel (2Co 3.12-13). É a manifestação da verdade, a luz do Evangelho da glória de Cristo brilhando sobre todos os homens (4.1-6). A glória de Cristo é manifesta através da vida do Espírito no corpo de Cristo, a Igreja, e é resultado do seu testemunho do Senhor crucificado e ressurreto. A unidade da Igreja não consiste na habitação passiva do Espírito, mas na proclamação do Evangelho e na vida cristã que flui da aceitação do mesmo. A unidade e a vida da Igreja testemunham a glória de Cristo.
Em João 17.2 a glória tem o propósito de transmitir a vida eterna aos homens. Jesus menciona seu desejo de transmitir a vida eterna em conexão com sua glória e sua autoridade; é um paralelo com a Grande Comissão dado com base na autoridade concedida a ele. Em João 17.2 Jesus glorifica o Pai ao dar a vida eterna a todos os homens que Deus lhe deu, por meio da sua autoridade e glória. Em Mateus 28.18-20 os discípulos proclamam o Evangelho a todas as nações por meio da autoridade concedida a Ele. A verdadeira unidade da Igreja é baseada e resultante da glória de Cristo; e essa glória é o poder do Espírito Santo manifesta na vida e no testemunho da Igreja. É um poder ativo, expresso, que surpreende o mundo. A unidade da Igreja é um grande instrumento missionário. (25)
Assim, a glória de Deus é manifesta na sua graça salvadora que alcança ao homem perdido, sem limites geográficos, nem temporais, nem de mérito. A glória de Deus é expressa na vida nova da Igreja, salva pela sua graça imerecida, e na proclamação do Evangelho, que ilumina os que estão nas trevas (há uma conexão profunda entre glória e luz). A Igreja, a nova humanidade redimida, também renderá a Deus a glória devida ao seu nome. O cristão agradecido pela graça imerecida que recebeu, movido pelo poder do Espírito Santo, preocupa-se com a glória de Deus que está sendo negada pelos homens perdidos, e preocupa-se com os homens que perecem porque carecem da glória de Deus. A glória de Deus é a grande motivação missionária, que nos faz voltar para Deus, que merece a dedicação e obediência incondicional do homem salvo, mobilizando-nos para o próximo que necessita do brilho e do calor dessa glória, e da vida transbordante que ela produz. Sabendo ainda que o propósito de Deus é alcançar toda tribo, língua, povo e nação, jamais poderemos nos contentar ou acomodar enquanto não chegarmos a essa proclamação ampla, profunda e clara a todos os homens de todas a gerações.

Referências
1 Brown, Colin, ed. New international dictionary of New Testament times (Grand Rapids, Paternoster Press & Zondervan, 1986) 44.
2 Dyrness, William. Themes in Old Testament theology. (Madison, InterVarsity Press, 1979) 42.
3 Boer, Harry R. Pentecost and missions (Grand Rapids, Eerdmans, 1979) 189-190.
4 Brown, op. cit., p. 44.
5 Kaiser, Walter C. Teologia do Antigo Testamento (São Paulo, Vida Nova, vol. 2, 1966) 213.
6 Boer. op.cit., p. 191.
7 Shedd, Russell P., ed. Novo dicionário da Bíblia (2a ed.. São Paulo, Edições Vida Nova, 1984) 672.
8 Brown, op. cit., p. 45.
9 Dyrness, op. cit., p. 42.
10 Kaiser, op. cit., p. 125.
11 Boer, op. cit., p. 193-194.
12 Brown, op. cit., p. 193-194.
13 Guthrie, Donald. New Testament theology (Leicester, IVP, 1981) 90.
14 Brown, op. cit., p. 48.
15 Brown, op. cit., p. 47.
16 Shedd, op. cit., p. 672.
17 Kaiser, op. cit., p. 246.
18 Boer, op. cit., p. 191.
19 Guthrie, op. cit., p. 90-93.
20 Brown, op. cit., p. 46-47.
21 Boer, op. cit., p. 194-198.
22 Brown, op. cit., p. 45-74.
23 Shedd, op. cit., p. 672.
24 Kaiser, op. cit., p. 214, 264.
25 Boer, op. cit., p. 192-196.
26 Ibid., p. 191-204.

Estados Unidos Reduz Nível Máximo Permitido de Flúor na Água

Um caso brando de fluorose dental

O Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC) publicou ontem um relatório alarmante no qual admite que 2 em cada 5 crianças no Estados Unidos mostram sinais de intoxicação por flúor (estrias, manchas ou corrosão dos dentes devido à fluorose dentária). A agência concluiu então que os níveis de flúor no abastecimento de água devem ser reduzidos para 0,7 miligramas por litro (o limite superior recomendado anteriormente era de 1,2 miligramas por litro). No Brasil atualmente o limite superior máximo é de 1,7 miligramas por litro.

Isso encerra mais de cinco décadas em que o governo dos EUA recomendava 1,2 miligramas de flúor em cada litro de água. Mas até mesmo os novos níveis inferiores são ainda mais do que suficiente para causar sérios danos às crianças. Muitos acusam esta recomendação do CDC como uma jogada de relações públicas, onde fingem que estão lidando com as preocupações dos cidadãos enquanto não fazem nada de substancial sobre o assunto. O Professor Paul Connett, um crítico da fluoretação da água, disse que esta redução é um bom começo, mas que o CDC focou apenas na fluorose dental, ignorando todos os outros potenciais problemas a saúde causados pelo flúor, como por exemplo,
os vários estudos que mostram redução do QI de crianças em cidades com alto nível de flúor na água.

Prevalência de Fluorose Dental por Faixa de Idade
Prevalência de Fluorose Dental por Faixa de Idade nos EUA

E no Brasil, até quando as autoridades e os cientistas corruptos irão continuar a envenenar e limitar a inteligência de nossa população?

Após o artigo que publiquei pouco mais de uma semana atrás, intitulada "Estudo: Exposição ao Flúor pode Reduzir a Inteligência das Crianças", eu entrei em contato com um expert brasileiro em fluoretação de água, Jaime Aparecido Cury, e questionei se ele tinha conhecimento do estudo em questão. Abaixo segue o nosso breve diálogo:

Meu email original:
"Olá, eu lí vários de seus trabalhos sobre o uso do fluor na água.
Você conhece este novo estudo, que mostra a queda de QI em comunidades onde se pratica a Fluoretação?..."
Sua resposta:
Conheço, mas nao merece credito, portanto mantenho meu posicionamento!
Feliz 2011
Jaime
Minha réplica:
Com base em que voce diz que nao merece crédito?

Simplesmente totalmente ignorar estudos (sao vários estudos com conclusoes parecidas) simplesmente por que nao se adequada a sua opiniao nao me parece um argumento convincente.

Estes estudos justificam sem dúvida uma maior discussao sobre o assunto, pois isto e o que a ciencia deveria fazer, voce nao concorda?

Feliz 2011
Resposta de Jaime Cury:
...esse tipo de trabalho transversal de associacao nao permite conclusao de evidencia de relacao entre as variaveis de estudo
Veja revisoes sistematicas sobre o assunto.
Mantendo F na agua em 2011!
Jaime
Será que sou apenas eu que percebo uma arrogância em que os chamados experts no assunto ignoram estudos quando estes chegam a conclusões inconvenientes?

Temos que levantar nossa voz e exigir que o flúor na água dos brasileiros seja removido ou pelo menos diminuído!!!

Fontes:
Associated Press: US says too much fluoride causing splotchy teeth
PORTARIA N° 635/Bsb, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1975 (define os limites de flúor na água)
CBS News: Fluoride is Good For You, We Mean Bad for You
CDC: HHS and EPA announce new scientific assessments and actions on fluoride
CDC: Prevalence and Severity of Dental Fluorosis in the United States, 1999-2004


[VIDEO] Desenho Liga da Justiça (Quase) Deixa Escapar a Verdade Sobre Conspirações

Aviso ou Desinformação?


Neste episódio do desenho da Liga da Justiça, um dos personagens havia ficado em coma no hospital e se recorda de estranhos sonhos, possivelmente relacionado com o controle mental do MK-ULTRA. Vic Sage, este personagem com perfil de teórico da conspiração, então comenta que existiu apenas uma conspiração, "desde os tempos do antigo egito, existiu um único grupo de indivíduos poderosos guiando o curso da humanidade. Mas o homem comum preferem acreditar que eles não existem, o que facilita o sucesso deles". Então o outro personagem começa a ler "efeito estufa, golpes militares no terceiro mundo, atores eleitos para cargos públicos, proliferação de cafés, germes vencendo antibióticos, e bandas jovens, o que que há, quem lucra com este lixo". Vic Sage então diz "quem será", no que os três baixam a cabeça.

Temos visto em muitos filmes e desenhos animados nos últimos anos várias menções de teorias conspiratórias, em quase sua grande maioria ridicularizando-as ou até mesmo ligando pessoas e grupos que pesquisam estes assuntos com grupos criminosos ou terroristas. Neste caso específico deste desenho, o outro personagem, o Lanterna Verde, tenta fazer pouco caso, dizendo que Sage teria apenas conspirações na cabeça.

Isto faz parte de um forte movimento midiático para condicionar o público a desacreditar e ridicularizar teorias da conspiração. Veja, na segunda parte do desenho, como acrescentam vários assuntos não relacionados para tirar o foco do que realmente importa: "flúor aplicado sobre os dentes não previnem cáries, ele só faz os dentes serem identificáveis por satélites". Quando ligam uma tolice desta com teorias da conspiração ou grupos controlando o mundo, a população que vive na matrix passa a desacreditar quaisquer outros assuntos, por mais que existam inúmeras evidências na sua frente.


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